Com base na coluna de Beatriz Luz, a seguir, um resumo que poderia ser utilizado pela IstoÉ Dinheiro:
Coluna de Beatriz Luz: Economia Circular na Agenda do Clima
Em sua coluna para a IstoÉ, Beatriz Luz destaca a urgência da Economia Circular, especialmente no contexto de 2025, ano em que o Brasil sedia a COP30 e se torna protagonista nas discussões climáticas globais. A autora ressalta que o risco climático é agora considerado de curto prazo, com custos de desastres naturais já evidentes, como os US$ 250 bilhões em prejuízos globais em 2023.
Debater novas perspectivas de desenvolvimento é fundamental. Embora o financiamento em energia limpa seja importante (como o do BNDES), ele só evitará cerca de 55% das emissões globais. Os 45% restantes estão ligados à indústria, agricultura e uso da terra, demonstrando que a forma como usamos materiais, produzimos alimentos e geramos resíduos tem influência direta no clima.
Ignorar a circularidade em setores como cimento, plástico, aço, alumínio e alimentos, e não aplicá-la à transição energética e ao financiamento, pode levar a soluções parciais ou novos problemas, como o descarte de painéis solares.
Contudo, a economia circular também traz oportunidades. Ela permite transformar resíduos em novos materiais, gerar receita e empregos, além de contribuir para a redução de emissões. Exemplos citados incluem a Orange Fiber, que cria matéria-prima para moda a partir de casca de laranja, e o etanol de 2ª geração no Brasil, que agrega valor a resíduos da cadeia sucroenergética.
Para avançar, é fundamental que lideranças empresariais e do setor público incluam a circularidade em suas estratégias de clima. Isso exige ações abrangentes, novos compromissos e um arcabouço de políticas públicas favorável. As oportunidades existem, e 2025 será um ano chave, não apenas pela COP30, mas também pela vinda do Fórum Mundial de Economia Circular ao Brasil.
Beatriz Luz conclui afirmando que discutirá clima, financiamento e economia circular como uma agenda única de competitividade e desenvolvimento, buscando inserir a circularidade como solução para reduzir emissões e alcançar as metas do Acordo de Paris.